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quinta-feira, 10 de março de 2011

Para o Dia Internacional da Mulher ... uma Canção das Mulheres


Então, após a data simbólica do dia internacional da mulher, deixo aqui meu registro para a mulher, sabendo que nosso dia a gente quem constrói numa luta diária, no cotidiano, que envolve tanto as questões líricas e românticas quanto àquelas que deram origem à data, ou seja, 08 de março de 1857, qdo um grupo de operárias havia se reunido e feito uma grande greve, reinvindicando melhores condições de trabalho, equiparação de salário com os homens, redução da jornada extensiva, que foi reprimida de forma brutal....uma luta que foi reconhecida em 1910, e oficializada a data numa Conferência da ONU em 1975, onde desde então esta data serve para marcar as grandes discussões e debates sobre o papel da MULHER na socidade.
Deixo então este poema de Luft, embalado por Chris de Burgh.
 
Parabéns para nós, mulheres: a todas as Marias, Michelles, Iaras, Deborahs, Fernandas...

Um abraço forte.

Michelle Sena.
 
 
 
Canção das Mulheres – Lia Luft
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
 

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